O “ismo” que interessa…
O “ismo” que vale a pena é mesmo o do Cristianismo… Admito que para o sentido da minha vida e do mundo, a identificação com Cristo é da ordem do ‘quanto mais melhor’.
O “ismo” que vale a pena é mesmo o do Cristianismo… Admito que para o sentido da minha vida e do mundo, a identificação com Cristo é da ordem do ‘quanto mais melhor’.
2022 será um ano decisivo para a Igreja sinodal. Um sínodo sobre o sínodo é uma redundância deliberada que nos leva a perceber que só o diálogo e o caminhar juntos nos dão sentido, que só se é Igreja em sínodo permanente, hoje e amanhã.
Em síntese, nesta reflexão, são duas, as setas críticas: a não abertura ao sacerdócio feminino e a opção de não abrir o diálogo interno sobre essa mesma circunstância.
Há dois vírus que a Igreja carrega ao longo do tempo, que serviram para aguentar, mas que, tão feliz quando dramaticamente, se estão a tornar insuportáveis: o medo e o controlo.
Diante da mudança, em geral, há inércia e reatividade. Tudo compreensível. Mas pergunto-me se o Evangelho, nos detalhes e traves-mestras, não traz uma insinuação contrária, mais desafiante: precisamente a impressão digital da boa-Nova.
Somo flores diferentes de um mesmo jardim, ângulos diferentes a olhar um mesmo destino. Somos mundo, somos comunidade, somos porventura Igreja (com I grande e aberto), eu e ela.
Não há lugar, portanto, por mandato bíblico, para pessimismos no olhar, como se o mundo concorresse em sentido oposto ao da esperança.
Entender a tecnologia em geral e o telemóvel, em particular, como uma ameaça e um subtrator civilizacional, é nostálgico e pouco fecundo. A procura do equilíbrio parece, antes, residir no ‘tanto quanto’.
Há uma tese, diria mesmo, uma resposta objetiva, um critério, para fazer face à pergunta que dá título a esta reflexão. E é esta: sim, digo, se a relação tiver futuro.
É algo inspirador para muitas das coisas que podemos vir a fazer em Igreja, embalados pela hiperdigitalização destes tempos: um entrelaçado fecundo (blended) entre os momentos plasmados no mesmo espaço e no mesmo tempo e outros à distância.