No último fim de semana, de 17 a 19 de novembro os nossos membros da associação tiveram a alegria de regressar à vila que nos é tão querida.
Para além de se reencontrarem com as caras conhecidas que nos recebem sempre com tanto calor e alegria pelas ruas da vila, o Marco Vieira, a Helena Mestre, a Nonó Conde e o João Medeiros realizaram a primeira reunião deste ano do núcleo de Rabo de Peixe. Juntando-se com os jovens da vila que tanto partilham do sentimento de trabalhar pelo desenvolvimento integral da vila e por fazer dos sonhos de todos projetos tangíveis e realizáveis.
Seguem-se os testemunhos deste fim de semana de dois dos membros.
“Passados 3 meses depois da colónia, voltamos!
Voltamos com vontade e desejo de continuar a trabalhar, desta vez não tão focados nas crianças, mas também nos jovens que agora se deparam com criar um futuro estável.
O nosso objetivo com estas visitas trimestrais é de acompanhar estes jovens que já não têm idade de fazer colónia. Fazê-los sentir que ainda estamos lá para eles.
Para mim é sempre incrível ir a Rabo de Peixe, é a minha terra e a minha casa. No entanto, quando vou lá em missão com a Associação Rabo de Peixe Sabe Sonhar, tem outro sabor. Quando estou lá de férias sou simplesmente um “rapxim” vivo e comporto-me como um, em missão é quando realmente compreendo as vidas das famílias e dos jovens que seguimos ou que por meros acasos conhecemos. Para mim costuma ser um fim de semana muito emotivo, dou por mim a conhecer histórias de vida incríveis ou até mesmo a relacionar certos episódios semelhantes que também vivenciei.
Por fim, é sempre fantástico voltar a encontrar caras conhecidas como os meus colegas de associação e como todas as pessoas da vila, que nos recebem sempre muito bem! São fins de semana em que os dias tem mais do que 24 horas mas que são extremamente gratificantes.
Marco “professor rapxim” Vieira”
“Depois de sonhar e preparar este fim de semana, lá fomos nós, numa visitinha de médico a esta vila, que nos recebe sempre tão bem!!
Parece que, de cada vez que volto àquela ilha, mais especificamente àquela vila, volto uma pessoa diferente.. uma pessoa melhor!
Até pode ser clichê (deveras clichê) mas é mesmo, mesmo verdade.
Saímos do continente a achar que vamos ensinar alguma coisa mas a verdade é que aprendemos sempre muito mais!
As famílias com que nós estamos não nos conhecem de lado nenhum, mas, mesmo assim, convidam-nos para entrar nas suas casas, abrem-se para connosco e confiam em nós, como se de família nos tratássemos. Ser de rabo de peixe é sinónimo de dar (e ser) amor incondicional.
Quando vamos a rabo de peixe sabemos que as portas vão estar abertas para nós, literalmente, porque basta dar o primeiro passo naquelas ruas que já os ouvimos dizer “ahhh são os professores da colónia” com os tons de voz mais calorosos e amigos que conhecemos.
Neste fim de semana, pude ver as crianças de quem as saudades já eram apertadas, ouvir testemunhos dos mais seniores e partilhar momentos incríveis com os jovens que já são o presente do núcleo da associação na vila!
Lutamos sempre por mais e sonhamos sempre juntos!
Psôra Helena”