P. Afonso Seixas Nunes fez os últimos votos

A celebração dos últimos votos do jesuíta teve lugar no dia 11 de julho na Igreja de Cedofeita no Porto. Este momento marca o final de formação de um jesuíta que é assim assumido plenamente pela Companhia de Jesus.

A Igreja de Cedofeita, no Porto, foi o lugar escolhido para os últimos votos do P. Afonso Seixas Nunes que tiveram lugar no passado sábado. Estiveram presentes vários jesuítas bem como familiares e amigos do P. Afonso.

O jesuíta, natural do Porto, entrou na Companhia de Jesus a 3 de outubro de 1998 e foi ordenado em 2010 e já tinha feitos os chamados “votos do biénio” do dia 23 de setembro de 2000, ao completar os dois anos de Noviciado.

Os últimos votos decorrem sempre durante a celebração da Eucaristia e acontecem depois de um longo tempo de formação. No final do Noviciado (1ª etapa de formação de um jesuíta), uma vez confirmado o chamamento inicial, cada jesuíta faz os votos de pobreza, castidade e obediência perpétuas. Significa comprometer-se de um modo definitivo com Deus. Nessa mesma ocasião, cada jesuíta promete estar disponível para integrar de um modo pleno a Companhia de Jesus se, no final de todo tempo de formação, a Companhia entender acolhê-lo definitivamente como parte do seu corpo apostólico. É neste momento que os jesuítas fazem um voto especial de obediência ao Papa, disponibilizando-se para colaborar ativamente em qualquer missão que este entenda confiar aos jesuítas.

A cerimónia foi presidida à pelo P. Miguel Almeida, Provincial. Partindo das leituras do décimo quinto domingo do tempo comum, o provincial recordou que o P. Afonso foi chamado à vida religiosa e sacerdotal como o profeta Amós e os Apóstolos, não tanto pelos seus muitos méritos e talentos, mas para servir a vinha do Senhor a partir desta vocação. “É o Senhor que chama e envia, pedindo liberdade. Jesus chama para enviar e pede liberdade e simplicidade. A liberdade é o pano de fundo. Se a iniciativa  (da vocação) não é nossa, a resposta que damos a essa iniciativa requer estrutural liberdade”, afirmou na homilia. O Provincial recordou ainda o sentido mais profundo da liberdade, convidando o P. Afonso a colocar Deus no centro da sua vida: “A liberdade não é fazer o que apetece (seria ser escravo dos apetites) mas a capacidade de me comprometer, confiando e entregando o que sou (pobreza, castidade e obediência) nas mãos de Deus. A nossa missão é esta de expulsar demónios da vida dos outros (da solidão, do egoísmo, da injustiça) e convidar a essa liberdade de acolher o Reino de Deus.”

Depois da oração eucarística, imediatamente antes da comunhão, diante do pão e do vinho consagrados, o P. Afonso proferiu os seus últimos votos: pobreza, castidade e obediência, acrescentado um quarto voto distintivo dos professos jesuítas, de obediência ao Papa.

Num momento de ação de graças, o P. Afonso lembrou os pais, os jesuítas mais próximos e os amigos, fazendo questão de terminar com uma pequena e conhecida oração: “Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe Maria santíssima.”

Terminada a celebração, na sacristia, o P. Afonso proferiu ainda mais cinco votos, chamado comumente de “votos de sacristia”, apenas na presença dos companheiros jesuítas. São votos que respeitam a vida mais interna na Companhia de Jesus e que, por isso, se fazem apenas entre jesuítas.

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Votos de Sacristia