Duarte Nifo professa primeiros votos na Companhia de Jesus

A celebração decorreu no dia 13, domingo, e foi presidida pelo reitor da Comunidade do Noviciado do Santíssimo Nome de Jesus, P. Marco Cunha, contando com a presença de jesuítas, familiares e amigos.

No dia 13 de outubro, na Igreja de Nossa Senhora de Lurdes, em Coimbra, o noviço Duarte Nifo fez os seus primeiros votos na Companhia de Jesus. A celebração foi presidida pelo reitor da Comunidade do Noviciado do Santíssimo Nome de Jesus, P. Marco Cunha, e contou com a presença de jesuítas, familiares e amigos.

Na homilia, a partir da passagem do Evangelho escutada – comummente conhecida como O jovem rico segundo São Marcos –, o Mestre de Noviços, P. Frederico Lemos, chamou à atenção que, para este homem (jovem) que se dirige a Jesus, “o dever tomou o lugar de Deus”, ainda que este “não entende que o que salva é a relação, não o mérito. Jesus lança um desafio grande, que é passar da juventude à vida adulta, do cumprimento de regras à relação com Aquele que dá as regras! Deus é muito maior que a Lei. Para isso, o nosso modelo de relação com Deus é o próprio Jesus. E é por isso que a proposta de Jesus é que O siga e se torne seu discípulo”.

Realçando o momento que se iria seguir com a profissão de votos, o P. Frederico declarou que o Duarte ia fazê-los, “mas não para fazer mais coisas do que as pessoas «normais». Também não para deixar de fazer coisas, como muitas vezes se entende… O que Jesus propõe ao homem não é fazer coisas, mas antes desfazer-se de coisas! Os votos de castidade, pobreza e obediência são expressão do desejo de viver inteiro a relação com Deus e com o mundo. Não se trata de fazer nada específico, mas de um modo de estar e é deste que saem ações concretas: na relação com os bens, na nossa capacidade de amar, na forma como conduzimos o nosso destino. Para os que se consagram desta forma, os votos são o que nos ajuda a ser mais inteiros, como Jesus na relação com Deus Pai e com o mundo em que vivemos! (…) Viver assim é muito atraente, mas também assustador e parece muito bom e impossível ao mesmo tempo. Por isso, os discípulos ao ouvir as palavras de Jesus perguntam quem poderá salvar-se. Jesus confirma que para nós é mesmo impossível viver assim, mas junto a Deus tudo é possível.”

 

Texto de Miguel Loureiro

Fotografias: José Luís Artur, sj