Ler e ouvir, para ver melhor
Para quê ler livros, ouvir músicas e ver filmes se eles não nos mudam?
Para quê ler livros, ouvir músicas e ver filmes se eles não nos mudam?
“Nesta tarde e noite, tive uma obscura sensação d’alguma coisa de luminoso, se assim se pode dizer. Esta qualquer coisa resume-se nestas palavras: de agora em diante só pretendo amar.”, escrevia Garneau no seu diário em 1937.
Escolho três lugares que me têm servido para digerir a realidade corrente, desde as conversas insuspeitas que tenho no hospital e na faculdade até à complexidade da guerra e ao sofrimento alheio e distante ao qual não me quero tornar indiferente.
Apresento um filme, uma música e um livro que nos podem ajudar a experimentar o derradeiro peso da entrega da própria vida por amor universal, i.e., por amor a todos e a cada um dos seres humanos.
“Para viajar, basta existir”, escreveu Pessoa e cantam os Capitão Fausto. Aqui segue uma tríade sobre este ofício de viajar, pela história, pela interioridade e pela América. Em tempos de guerra, “vemos, ouvimos e lemos / não podemos ignorar”.
Façamos o difícil exercício de eleger. De olhar para as pequenas coisas boas da vida. Para que possamos saborear, na certeza de que, como me disse uma amiga, “Deus nunca se deixa vencer em generosidade”.