Playlist para ouvir em viagens de carro com a família
Rodrigo Queiroz e Melo, Diretor Executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, juntou a família para criar a última plalist deste verão do Ponto SJ.
Rodrigo Queiroz e Melo, Diretor Executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, juntou a família para criar a última plalist deste verão do Ponto SJ.
Neste momento, o principal problema de política educativa em Portugal é o insucesso escolar no 1.º ciclo. Todos os alunos conseguem aprender. Tudo depende de como deles cuidamos e como os ensinamos.
A melhoria dos resultados escolares dos nossos alunos está umbilicalmente ligada à melhoria das equipas educativas. Precisamos de encontrar maneira de ter cada vez mais professores competentes, motivados e a trabalhar em equipa.
Seis meses de ensino não presencial tornaram muito evidente que é possível aprender sem ir fisicamente à escola. Mas também mostraram que sem escola muitos alunos morrem devagarinho. A matéria é muito importante; mas não salva ninguém.
Não sabemos como vai ser o próximo ano letivo; é provável que seja marcado por mais tempo dos alunos em casa. Ou alunos mais afastados nas salas. Ou menos alunos em cada sala. Seja como for, vamos ter de mexer na estrutura do currículo.
Em 2018, no 2.º ano de escolaridade, 6,6% dos alunos foram retidos. Isto significa que cerca de 1,5 aluno em cada turma ficou para trás. Não são muitos em termos absolutos. Mas são demasiados em termos humanos.
Alargar às crianças o direito a não ser maltratadas foi uma revolução em 1870. E se lhes reconhecêssemos o direito de ser agentes efectivos da sua educação; quão revolucionário seria?
O Estado pode impor que as escolas ensinem os valores partilhados pela nossa sociedade e que nos definem como comunidade. Mas o Estado não pode ir para além disso e impor uma ideologia, filosofia ou religião.
Aprender é um processo interior que exige interesse, esforço, treino e aperfeiçoamento. É um processo que necessita da mobilização da nossa cabeça, mas antes disso do nosso coração e depois disso das nossas mãos.
Portugal tem “das escolas privadas mais elitistas da OCDE”. Vale a pena pensar um pouco sobre isto porque é verdade, o fenómeno está a aumentar, ninguém ganha com isto e todos perdem.