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Carta a um católico impaciente ou intranquilo

A disputa, dissensão e confronto são fundamentais. Parece-me tremendamente nocivo e pouco cristão, uma cada vez mais frequente tendência ao consenso de palavras decorativas que só acabará se não houver medo de ser intranquilo ou impaciente.

Estende o teu pão

O pão estendido sobre as águas desfaz-se. O pão ainda entrelaçado, aos dedos do Senhor, é o laço da poeira feita corpo e carne. O-sempre-presente é o que torna cada elemento lugar de passagem.

Porque não, não é resposta

Na verdade, a declaração pretende levar até ao fim uma das mais importantes intuições do cristianismo: a diferença entre ato e pessoa. A ideia segundo a qual se “odeia o pecado, mas se ama o pecador”.

Tira o vidro. Deixa o peluche

Contra os juízos precipitados, tal como no romance de Rulfo, o “papel” da cultura – se tal coisa existe, de facto – é condenar à insónia.

Leitores de insensibilidade

O objetivo é identificar os termos “potencialmente ofensivos” de diversas obras de arte, nomeadamente literárias, para assim ser possível lancetar qualquer demoníaca insinuação que possa surgir na imaginação de leitores mais débeis.

Ratzinger: o poder da não neutralidade

Bento XVI é um pensador radical porque nunca quis ser imparcial, na pior asserção da palavra, pondo a descoberto tanto o perigo de uma posição desapaixonada, como o engano patente na idolatria do apartidarismo.

“Fala-me do chão”: o mundo diagonal

O mundo e o pensamento diagonal serão, portanto, a denúncia da domesticação; da vida que não tem de ser, necessariamente, consecutiva e consequente; da vida, que não se tem que se circunscrever a um só plano.

Como se as estrelas fossem comestíveis

Harry Styles obriga a orientar o olhar para a vida exterior, desmitificando o lugar-comum que liga a verdade da vida a uma existência de separação e distância, numa determinada linha incontaminada face ao mundo.

Pro-life vs Pro-choice: as falsificações da cultura

De facto, a democracia é uma entidade frágil porque é difícil aprendermos que sermos confrontados é melhor do que cedermos ao conforto. Tornaram-se recorrentes expressões como: “se calhar é melhor não expormos as pessoas a estes conteúdos”.