Na FGS, confinar tornou-se sinónimo de reunir mais, conversar mais, cuidar mais – adaptar. Aos poucos, fomos reinventando ferramentas, métodos e o modus operandi de cada um dos projetos em que estamos envolvidos e envolvidas, assim como dos nossos processos e hábitos internos. Por aqui, continuamos a promover a Educação para o Desenvolvimento e Cidadania Global (ED/ECG), a Ecologia Integral e a Transformação Social junto dos nossos públicos: docentes, jovens, comunidades educativas, instituições do ensino superior e organizações da sociedade civil.
No projeto EDxperimentar, continuamos a dar vida a três formações online com docentes de Ourém, Faro e Covilhã. Fazemos uso da plataforma ZOOM para os momentos de formação síncronos e usamos ferramentas como o Genially e o Google Sites como espaços comuns de acesso a conteúdos formativos e produtos resultantes do trabalho autónomo – assim, os grupos vão cruzando seu trabalho, criando uma rede de docentes que constroem conhecimento e partilham experiências pedagógicas na área da ED/ECG.
E apesar de fisicamente distantes, mantemos proximidade com o nosso território-casa (Lumiar e Alta de Lisboa) através de projetos como o Escola Ser Vivo – no qual estamos a elaborar e concretizar, com docentes e estudantes do Agrupamento de Escolas Lindley Cintra, um plano de ação na escola, que proporcione um espaço de participação e cidadania na vida escolar -, o LINK – Gerador de Mudança – com encontros temáticos sobre cidadania, participação e democracia com docentes da Escola Básica da Alta de Lisboa -, e o MIC – Movimento de Impacto em Cadeia – em que estamos a promover a identificação de infraestruturas e serviços que promovam a sustentabilidade e o bem-estar comunitário nos bairros de Lisboa, não só no Lumiar como também na Ajuda, Marvila e Alfama.
O projeto Sinergias ED, agora na sua 4ª edição, continua a promover encontros (online) entre os membros da Comunidade Sinergias, juntando dois mundos: a Academia e as Organizações da Sociedade Civil. A revista científica Sinergias também continua a dar frutos: foi lançado em janeiro o seu 11º número.
Já em Moçambique, damos seguimento ao projeto Somos Moçambique, focando agora na dimensão de formação dos docentes das Escolas de Manga Mascarenhas e Santos Inocentes, na Beira. Esta formação terá início a 15 de fevereiro e será realizada num formato híbrido: as formadoras estarão online, através da plataforma ZOOM, e os e as participantes estarão em grupo, em formato presencial, numa sala de formações, juntamente com a coordenadora local do projeto, que fará a ponte entre o presencial e o online. O objetivo destas sessões será pensar em conjunto com os e as docentes se estão preparados para lidar com os (cada vez mais) frequentes fenómenos ambientais extremos que afetam esta região.
No LigAções, prepara-se o vídeo que dará vida à Carta Aberta pelo Direito ao Lugar, pensada em conjunto por 48 organizações da sociedade civil da região Centro e da Grande Lisboa e que apresenta preocupações e medidas para debater as assimetrias do território nacional. E no Educação para a Cidadania, um projeto em que guiamos 3 consórcios de escolas e organizações para implementar planos de ação de educação para a cidadania em escolas, planeamos o 2º encontro entre consórcios, desta vez online, no ZOOM, que juntará entidades de Porto Santo, Famalicão e Lisboa, para discutir e analisar o trabalho feito desde 2019 até agora, e o que se fará daqui para a frente.
A celebração do Ano Laudato Si continua presente em tudo o que vamos fazendo, tendo por base os princípios da Ecologia Integral nos vários processos a que damos corpo – agora mais do que nunca, num momento em que a necessidade de cuidar daquilo e daqueles que nos rodeiam se torna essencial.
Internamente, fazemos por estar presentes, mesmo sem estar. O Zoom e o Meets são ferramentas que fazem parte do nosso dia-a-dia, assim como o Whatsapp e o telefone. São estas ferramentas que nos têm permitido ser uma equipa presente, coerente e estável, onde a atenção para com o outro – e para com o trabalho do outro – existe. Porque na FGS temos por conceitos-base do nosso modo de proceder a colaboração, a complementaridade e o sentido crítico – e isso implica, sempre, trabalhar uns com os outros.