I
Mais do que vazio,
O túmulo estava aberto
_______
II
Atravessar
O abraço da Cruz
E alcançar
O abraço da Luz
_______
III
Vemos, ouvimos e lemos
Só podemos anunciar
Papeladas
I
Mais do que vazio,
O túmulo estava aberto
_______
II
Atravessar
O abraço da Cruz
E alcançar
O abraço da Luz
_______
III
Vemos, ouvimos e lemos
Só podemos anunciar
A boa morte e a boa vivência da doença por parte de uma pessoa, quando acompanhada por um cuidador, dependem muito do papel deste. Há um mistério grande no saber adoecer e morrer, e ainda um mistério maior no saber deixar partir. Também no teatro, o ator morre para surgir a personagem e, como bom cuidador, abre espaço para dar vida à peça.
Durante a semana de oração pelas vocações, a Comunidade Pedro Arrupe foi desafiada a propor um conjunto de orações para toda a Província rezar. Partilhamos aqui a nossa proposta, adaptando-a a todos os que quiserem rezar connosco.
A Medicina Narrativa, em particular com o auxílio do cinema, convida-nos à atenção da história toda, do que é dito e do que fica por dizer. Em suma, convida-nos à escuta enquanto atitude de atenção cuidadosa e não simples espera pelo dito. Colar as peças, intuir a história toda, respeitar a forma da história ser contada é caminho para a empatia que cura.
Na prática médica, tudo se trata de histórias e a missão do profissional de saúde é saber ler, interpretar e responder a cada história. Portanto, é-nos sugerido que, tal como um livro entre mãos, cultivemos uma cultura de cuidado assente na atenção, representação e vinculação, rumo a uma empatia, que é fonte de cura.
É no “entretanto” da prática clinica, feito de relações, que se dá o mais fundamental de toda a Medicina e cuidados de saúde – a relação profissional de saúde-pessoa doente. Sem esta relação, não podemos conhecer as queixas do doente, o diagnóstico, a proposta terapêutica e as necessidades de cuidado. Apesar da tentação a saltar para “o que interessa”, as verdadeiras questões fraturantes jogam-se, afinal, no quotidiano de um profissional de saúde.
Se, por um lado, é justo querermos viagens mais autênticas, não poderemos sonhar a nossa vida como a viagem mais autêntica de todas?