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Missas a partir de dia 15 de Março
Missas a partir de dia 15 de Março
A Quaresma, que vivemos, ajudar-nos-á, através da oração, da esmola e do jejum, a morrer para nós próprios e a viver para os outros, a viver para Deus. Nada de voluntarismos nem de heroísmos, sabemos bem como podemos pouco. Há-de ser um percurso feito com o Filho, com Jesus. Com Ele iremos aos lugares mais altos.
A palavra ecoa: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». É Jesus que no-la transmite. É este o tempo que temos, para nos abrirmos à palavra de Jesus e olhar para a ocasião como um tempo de graça.
O leproso é bem consciente da força do desejo, que tem, de ver-se livre do mal, que lhe vai subtraindo a alegria de viver. Já lhe terão chegado aos ouvidos as maravilhas da acção de Jesus. Procura-O, encontra-O, manifesta-Lhe o seu anseio. Este anseio vem ao encontro da missão de Jesus, de dar a vida a todos.
Ontem, como hoje, a experiência da brevidade do tempo. As vinte e quatro horas, que nos são dadas em cada dia, parecem não ser suficientes, para tudo o que queremos viver.
O encontro é tão marcante que fixam a hora, recordam, ao pormenor, o início da relação com Jesus. Começa, agora, o seu hoje. O hoje em que se deixam fazer pela palavra. Esta palavra interpela-os, incendeia-os, transmite-lhes o fogo que o Senhor veio acender em toda a Terra.
O profeta João Baptista esclarece-nos: até ele, o baptismo era de água. Apelava a mudar de vida, a abrir-se a Deus. A partir de Jesus, o baptismo é no Espírito Santo. Não se limita a convidar a uma mudança de vida.
Hoje, como ontem, o risco de nos deixarmos adormecer espreita-nos. O “sempre foi assim”, o “já sabemos”, entorpece-nos o coração. Estamos contentes, satisfeitos com o que já controlamos. O poder, que esta impressão de saber causa em nós, fecha-nos num autocontentamento.
Hoje, olhando o Menino, à semelhança de Ana e Simeão, também nós nos vamos rever e maravilhar n’Ele. Todos nós somos recebidos uns dos outros, a partir de um Deus que é Pai, doador de Vida. De um Deus que é irmão, outorgador de fraternidade. De um Deus que é Espírito, criador de comunhão.
Estamos às portas do Natal do Senhor. Dispomo-nos a acender as candeias e ir, na noite, ao encontro do Senhor, que vai nascer. Somos tentados a ir de forma exuberante. Quando estamos assim, escutamos no Evangelho a anunciação a Maria e como que um freio nos detém.