Memórias que perduram no tempo

Confesso que agora, é muito gratificante reviver os momentos que passei na igreja de S. Tiago, através das minhas filhas que lá frequentam a catequese com imenso ânimo, e fico imensamente feliz em constatar que elas também estão a ser muito bem orientadas na sua Fé, através de uma equipa maravilhosa de catequistas e da comunidade Jesuíta.

Há palavras chegadas com tanta espontaneidade e naturalidade que se tornam rapidamente testemunho no tempo.

Levaram-me a recordar o grande amigo P. Lacerda que, com a sua simplicidade e bondade, conquistou e marcou muitas gerações na nossa cidade.

Lembro-me, muitos de nós nos lembramos, de tantos jovens, alguns dos quais acompanhámos no seu crescimento, sempre participativos e com uma enorme alegria de viver. E é-me grato verificar que eles são um exemplo das gerações que passaram pela Paróquia de São Pedro.

Hoje, são jovens adultos, têm as suas famílias, continuam a viver na nossa cidade, e muitos permanecem na comunidade. Reparo que se dedicam aos outros com um grande espírito de serviço, e acredito, sinceramente que o padre Lacerda, teve um papel muito importante na sua formação.

Aqui fica pois um testemunho que nos fará certamente lembrar, momentos fortes da Paroquia, que se perpetuam no desejo de educar para fé e suscitar o modo de serviço aos outros, como forma de construir uma sociedade mais justa e um mundo melhor.

Testemunho

Foi com 6 anos de idade que no ano de 1980, entrei na catequese da Paróquia de São Pedro da Covilhã, e lá permaneci até aos meus 16 anos e até os dias de hoje.

Foi uma época marcante para mim, pois lá que conheci e convivi com pessoas que me marcaram, influenciaram e exerceram uma enorme interferência sobre o meu modo de agir e de postura de Vida, nomeadamente o Padre Lacerda e a Irmã Alice.

Gostava muito e senti sempre uma enorme ligação pelo Padre Lacerda que com o seu sorriso, com os seus abraços recheados de uma enorme segurança e amizade, com as suas chamadas de atenção e com as nossas conversas, ele conseguiu de uma forma cúmplice e indireta, marcar uma época da minha vida que tanto valorizo.

Nessa mesma Paróquia, existia uma freira que tinha um olhar enternecedor, a Irmã Alice, com quem eu tinha uma enorme amizade e carinho. A Irmã Alice, fazia parte da comunidade e tinha à sua responsabilidade aturar os traquinas que compunham o meu grupo de catequese. Aqueles olhos, as mãos pálidas e macias e aquele ar sereno e afável, conseguiu cativar e manter um grupo unido até ao Crisma e até aos dias de hoje, pois ainda tenho um enorme carinho e amizade por muitos colegas que conheci na catequese, das quais destaco dois dos meus maiores amigos, o Hugo Brancal​, que acabou por ser uma presença constante na minha vida…um verdadeiro irmão e o Nuno Miguel Abreu​, que tem sido sempre um enorme amigo e que comigo fundou a Refood Covilhã.

Confesso que agora, é muito gratificante reviver os momentos que passei na igreja de S. Tiago, através das minhas filhas que lá frequentam a catequese com imenso ânimo, e fico imensamente feliz em constatar que elas também estão a ser muito bem orientadas na sua Fé, através de uma equipa maravilhosa de catequistas e da comunidade Jesuíta.

Dou graças pelo vosso espírito de serviço e por marcarem tão intensamente as nossas vidas.

Marta Alçada Bom Jesus