Elogio da fragilidade

Realizou-se ontem, no CAB, mais um XVC, o encontro mensal da CVX de Braga. Inicialmente, houve reunião de Animadores e Guias e, numa fase posterior, o P. Bruno Nobre, sj, orientou uma tertúlia sobre as nossas debilidades.

Realizou-se ontem, no CAB, mais um XVC, o encontro mensal da CVX de Braga. Inicialmente, estiveram reunidos os Animadores e Guias da CVX com a Equipa de Serviço Regional e, numa fase posterior, o P. Bruno Nobre, sj, conduziu os trabalhos para toda a Comunidade de Vida Cristã, orientando uma tertúlia sobre as nossas debilidades.

Partindo do “elogio da fragilidade”, começou a sua alocução invocando Paolo Squizzato, para contar a história da ‘pérola’: “A pérola é esplêndida e preciosa. Nasce da dor. Nasce quando uma ostra é ferida.” (O elogio da imperfeição, p. 5).

A partir desse texto introdutório, o P. Bruno Nobre, sj, conduziu os presentes a uma reflexão acerca dos nossos falhanços e fragilidades, focando a (insustentável) pressão que a sociedade exerce em cada um de nós “para sermos perfeitos”, seja na esfera privada, seja na profissional. Citando vários exemplos de personagens bíblicas, o jesuíta mencionou casos como Urias, Betsabé, Zaqueu, entre outros, para salientar que o pecado e a santidade não são indissociáveis. De seguida, sublinhou o perigo da segurança e a necessidade de vivermos da graça, destacando que a autossuficiência é o grande inimigo da vida espiritual.

Ao longo da tertúlia, o sacerdote convocou vários casos concretos de fragilidade e narrou histórias em que a debilidade ocupa uma posição central. Alguns desses relatos foram pessoais, enquanto outros brotavam da experiência que vai adquirindo, na qualidade de guia espiritual. O encontro terminou com a enumeração crítica das virtudes do fracasso.

No final, antes da Eucaristia, ainda houve lugar para questões e para agradecer a disponibilidade e a generosidade do P. Bruno Nobre, sj, que tem colaborado, de forma criativa e profunda, com a CVX de Braga.

Depois do jantar, houve uma surpresa muito especial: ao CAB veio um grupo de teatro de Bairro, Famalicão, constituído por utentes e técnicos que fazem o acompanhamento social do centro social de Bairro. Foi um tempo de poesia, de encontro, de convívio e de reflexão que recordaremos com carinho.