“É um momento cultural… é um momento cultural… é um momento cultural…”. Quem sabe quando termina o tempo do Natal? A resposta certa a esta pergunta daria direito a uma generosa colherada daquela mousse de Oreo da Mamã!
Pois o tempo do Natal termina no Domingo em que se celebra a festa do Baptismo de Jesus. No primeiro domingo depois do Natal celebramos a festa da Sagrada Família, no seguinte a Epifania do Senhor e o terceiro é o do Baptismo (este ano é dia 12 de Janeiro).
Nos nossos colégios, nas igrejas, nas ruas, falámos muito do Advento e do Natal que estava para vir. Entretanto o Menino já nasceu – será que soubemos saborear a beleza de um Deus que Se quer fazer tão próximo de nós que Se faz igual a nós? O Natal e toda a atenção que ele reclama mostram em corpo humano, de bebé, o Deus que sabemos que é todo-poderoso. E é assim que Ele já Se vai revelando. O Senhor veio – e veio para ficar connosco para sempre.
Liturgicamente, o chamado “Tempo Comum” começa com o Baptismo de Jesus, que na Sua vida marcou o início da Sua vida pública. De facto, no Natal ouvimos que os anjos cantavam “Glória a Deus nas alturas”. Dar glória a Deus é ser enviado em missão:
– viver com confiança de que Deus veio por ti e para ti. Ele quer ser o teu Deus – veio para ficar contigo e com tantos outros homens e mulheres no mundo, viver com todos e com cada um a vida que nos é dada viver.
[Participante, em que actividade da Pastoral vais participar? Animador, quando vais fazer Exercícios Espirituais?]
– viver virado para fora, perguntando-te menos quem és ou o que fazes, mas para quem és ou para quem fazes. O que nos põe a andar para a frente é olhar para o outro.
[Participante e animador, que tempo/talento vais oferecer a outros?]
– viver com entusiasmo, porque a nossa vida (seja ela como for) pode ser vivida de um modo incrível. Se os Campinácios mudam vidas é porque têm Jesus no centro. E Jesus alarga-nos os horizontes, faz-nos sonhar, suscita desejos bons.
[Participante e animador, que vais propor a ti mesmo para viveres uma vida equilibrada?]
O Natal recorda-nos a simplicidade dos campos. As coisas pequenas onde pomos tanto amor. As conversas gratuitas e sinceras, que também se encontram nas férias e nos programas de família. Por isso, este tempo de recomeço de ano e de fim do Natal é uma espécie de pós-campo. E se este ano o ponto alto do Natal fosse a forma confiante, virada para fora e entusiasmada como vivemos o regresso às rotinas?
António Santos Lourenço sj