Poderia começar a escrever este testemunho com um texto bonitinho que puxasse a lágrima, mas em vez disso, prefiro escrever um texto simples e genuíno que vos conte o que são realmente os Campinácios:
Confesso que o meu primeiro pensamento dos Campinácios foi: “Que treta de campo! Devem ser uns betinhos da bolha do colégio a fingir que rezam”. Também não gostava muito da ideia de já conhecer as pessoas com quem ia fazer campo! E por isso, este preconceito habitou em mim durante bastante tempo.
A minha “conversão” aos Campinácios foi bastante inesperada. Havia uma animadora que todos os anos me tentava convencer a fazer o campo, mas eu nunca queria, porque já estava satisfeita com os campos de Camtil que fazia. No entanto, durante três anos consecutivos eu não fiz Camtil, porque me esquecia de inscrever e, por isso, como não tinha a experiência de um campo há muito tempo, decidi arriscar nos Campinácios. E hoje, não podia estar mais agradecida pela oportunidade e pela sorte que tive em ter entrado nos Campinácios!
Foi uma experiência tão boa, que o campo não ficou só naqueles 10 dias. Os Campinácios mudaram a minha vida ( clichê, eu sei, mas é a verdade). Nos Campinácios aprendi a rezar, óbvio. Aprendi a deixar os preconceitos para trás, aprendi que a diferença não é uma coisa má, basicamente a viver uma vida com Jesus. O meu dia a dia também mudou bastante, sei que estavam à espera que eu dissesse que ficou melhor, mas a verdade é que sentia uma responsabilidade GIGANTE que era: Agora que conheço Jesus, tenho que o levar aos outros! E digo já que não é nada fácil, MAS quando o conseguimos é incrível, é uma sensação de libertação inexplicável! Imaginemos agora que somos uma chaleira. A seguir ao campo a sensação que temos dentro de nós, é de uma chaleira a ferver que ao longo do ano vai arrefecendo, e o mesmo acontece com os Campinácios e os campos em geral. No início, estamos motivados a mudar o mundo, mas ao longo do tempo vamo-nos desleixando. No meu caso, a chaleira dos Campinácios continua a ferver, porque tento sempre que ela não arrefeça. Como? Dando frutos ao que os Campinácios me ensinaram. Servindo os outros e pondo sempre como prioridade Jesus. Agora posso afirmar que saí dos Campinácios uma pessoa totalmente diferente. Com mais vontade de servir e de amar! Por isso, digo o mais sincero possível:
OBRIGADA aos Campinácios por há 30 anos mudarem vidas!
Maria Moniz (CSJB) – Lambreta