Faça Sol ou faça Chuva foi um dos motes para este percurso pedestre pelos “sete vales suspensos”, dos quais percorremos cinco, entre a Praia da Marinha e o Farol de Alfanzina. E, ao contrário do que poderíamos esperar, fomos talvez abençoados, uma vez que a vida no nosso planeta só é possível porque temos Sol, e Água…então nada mais adequado, pois a proposta era o contacto com a vida, a vida nas criações de Deus e a vida do Nosso Senhor Ressuscitado!
Assim tivemos a graça maior de viver no presente o que Ele nos preparou nestes bilhões de anos. As esculturas rochosas, as arribas, os vales suspensos, o Leixão do Ladrão, os tomilhais, os matagais de zimbro, as orquídeas, as gralhas-de-nuca-cinzenta, os andorinhões, os falcões peregrinos, o gato (que nos recebeu e acompanhou quase 2 km), e o tanto que nos possibilitou a partilha, a oração, a aprendizagem, a boa disposição.
Ele fez-Se presente em cada um de nós, à Sua maneira. Podendo correr o risco de não conseguir pôr em palavras a riqueza que foi este encontro, pelo que cada um vivenciou e partilhou, mas com a certeza de que, no coração de cada um ficará marcada a experiência no seu todo, aqui deixo o que retive de todos, nas graças manifestadas:
– O convite
– A renovação diária do Batismo
– A família
– A fidelidade
– A Sua presença interior e a nosso lado
– As emoções partilhadas
– A perseverança
– A raridade de momentos vividos…
Como poderei concluir esta minha pequena partilha de um dia cheio?
Se os binóculos são essenciais para observar as maravilhas da Criação do Senhor, que todos nós aprimoremos os nossos binóculos interiores, para nos focarmos no essencial que, tal como diria Antoine de Saint-Exupéry, “é invisível aos olhos”.
Obrigada Padre Francisco, Helena, Inês, Patrícia, João, Sérgio, Cristina, Lília, Céu e a Ti, Senhor.
Fátima Carapuça