Catarina e Pedro Portela
Pedro Portela abriu pela primeira vez os olhos em Braga, no ano de 1970, e quase parecia saber que dois anos mais tarde iria nascer, no Porto, a sua mulher de sonho, Catarina.
Cruzaram-se em 1985 e decidiram nunca mais se ‘descruzar’, tendo trocado alianças em 1997. Como gostavam ambos de rir trataram de instalar em casa um ambiente de festa permanente e acolheram de braços abertos a Maria, a Carolina, o João e a Ana.
Ele, quando um dia viu um ZX Spectrum por dentro decidiu que queria estudar computadores e concluiu engenharia de sistemas e informática, em 1994.
Sem infidelidades teve oportunidade para se apaixonar segunda vez, mas pela rádio. Começou pirata em 1986 e em 1988 fez parte do grupo de pessoas que fundaram a Rádio Universitária do Minho, estação onde ainda mantém um programa de autor chamado «o domínio dos deuses».
Em 2004, seguindo uma perigosa tendência para escolher o improvável, decidiu-se por uma carreira académica no Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. Aí dedicou-se a tentar ensinar, obteve o grau de mestre em 2006, e o de doutor em 2015, com a rádio e a internet no centro do alvo.
Ela, quando decidiu seguir medicina, passou a ver as pessoas por dentro para melhor as poder ajudar e fez o juramento de Hipócrates em 1996. A vida encaminhou-a para a Oncologia. Foi por isso que a sua bata branca conheceu os corredores do IPO-Porto e, agora, no Hospital de Braga, tenta fazer da alegria um bálsamo refrescante.
Juntos são vistos em boa Companhia, num grupo CVX, em Cursos de Noivos, no Passo a Rezar e no Relógio da Família, mas teimam em não passar de aprendizes do discernimento, da gratuidade e da confiança. Mas mantêm a esperança de algum dia chegar lá!
Aos fins-de-semana gostam de arregaçar as mangas e dedicar-se a projectos de voluntariado ou de calçar galochas para cuidar da horta familiar sem se queixarem dos calos nas mãos.
Quando forem grandes querem ser pequenos, livres e um só.