Depois de alguns anos de paragem, no que toca à presença nas plataformas digitais, a Comunidade Pedro Arrupe reabre, num outro formato.
O blog, que foi um contributo precioso de jesuítas que passaram por esta comunidade, volta ao ativo. As expectativas estão aí!
Últimas
Um animal que conta histórias
Os contos de Torga versam sobre episódios corriqueiros da vida das aldeias montanhosas da região de Trás-os-Montes. Ainda mais do que à beleza monumental das paisagens, a escrita de Torga conduz-nos ao epicentro da experiência humana, no que ela pode ter de mais supersticioso ou virtuoso, rude ou nobre, animalesco ou grandioso. Penetramos naquilo que de mais essencial pode o homem viver naquelas circunstâncias aparentemente fechadas ao mundo, mas efetivamente abertas à riqueza do mundo interior, do ecossistema da vizinhança, do infinito que brota da terra.
“O Existencialismo é um Humanismo”, de Sartre a Torga
O humanismo existencialista não embarca em generalizações totalizantes e finais do que é ou deixa de ser o homem. Antes, afirma que o homem existe “projetando-se e existindo fora de si”, bem como “perseguindo fins transcendentes”. É neste sentido que a “existência precede a essência”.
A nossa alma, entre Camões e Torga
Resta lançarmo-nos sem medo, diariamente, nessa viagem existencial – de risco, criatividade, superação, sonho – que os nossos “egrégios avós” inauguraram. Sem medo de a transpor para todos os domínios da nossa vida, sabendo que ela implicará sacrifício, mas que, ultimamente, fará jus ao canto que a eternizou.
“A Morgada de Romariz” e o novo-riquismo de sermos “um povo de pobres com mentalidade de ricos”
Encontramos em Camilo e em Eduardo Lourenço, apesar da diferença de épocas nas quais escrevem, e da diversidade tanto de registos como de estratégias argumentativas que adotam, uma crítica comum à mentalidade do novo-riquismo português, que é intemporal, inter-geográfico e interclassista.
“O Comendador” e a rusticidade própria do viver minhoto
Um Minho que não se pretende paisagístico. Não sendo essa a sua preocupação, Camilo procura dar importância ao interior desta terra: aos vícios e virtudes dos seus habitantes, às relações que fazem daquela terra “o Minho” e “minhotos” os que aí vivem.
“O Cego de Landim” – Um comunitarista no Séc. XIX
A dualidade entre comunitarismo e individualismo que a novela reflete põe em evidência a complexidade das escolhas humanas e como estas são moldadas pelos valores da comunidade (ethos) à qual o indivíduo pertence.