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Comunidade – uma pessoa de pessoas
«A Fidelidade não é […] uma garantia de bem-estar ou um delicado gozo de sentimentos superficiais. É um humilde reconhecimento do tempo necessário para criar uma comunidade, mesmo que de duas pessoas, e nunca se esgota.»
Uma experiência intraduzível
O desafio maior talvez seja encontrar as palavras justas para aquilo que experimento. Há momentos na vida que perdem o que têm de fundamental quando tentamos colar-lhes uma palavra.
Um animal que conta histórias
Os contos de Torga versam sobre episódios corriqueiros da vida das aldeias montanhosas da região de Trás-os-Montes. Ainda mais do que à beleza monumental das paisagens, a escrita de Torga conduz-nos ao epicentro da experiência humana, no que ela pode ter de mais supersticioso ou virtuoso, rude ou nobre, animalesco ou grandioso. Penetramos naquilo que de mais essencial pode o homem viver naquelas circunstâncias aparentemente fechadas ao mundo, mas efetivamente abertas à riqueza do mundo interior, do ecossistema da vizinhança, do infinito que brota da terra.
“O Existencialismo é um Humanismo”, de Sartre a Torga
O humanismo existencialista não embarca em generalizações totalizantes e finais do que é ou deixa de ser o homem. Antes, afirma que o homem existe “projetando-se e existindo fora de si”, bem como “perseguindo fins transcendentes”. É neste sentido que a “existência precede a essência”.
A nossa alma, entre Camões e Torga
Resta lançarmo-nos sem medo, diariamente, nessa viagem existencial – de risco, criatividade, superação, sonho – que os nossos “egrégios avós” inauguraram. Sem medo de a transpor para todos os domínios da nossa vida, sabendo que ela implicará sacrifício, mas que, ultimamente, fará jus ao canto que a eternizou.
“A Morgada de Romariz” e o novo-riquismo de sermos “um povo de pobres com mentalidade de ricos”
Encontramos em Camilo e em Eduardo Lourenço, apesar da diferença de épocas nas quais escrevem, e da diversidade tanto de registos como de estratégias argumentativas que adotam, uma crítica comum à mentalidade do novo-riquismo português, que é intemporal, inter-geográfico e interclassista.