Se estás a ler estas palavras, passaste com distinção no teste do ClickBait, i.e., um título provocatório.
Este texto não procura pôr em causa o trabalho da UNICEF, mas sim dar a conhecer como é que a Filosofia e em particular um filósofo, Peter Singer, nos podem ajudar a ser mais que boas pessoas.
Se tiveres um amigo que oferece 10% do ordenado a uma ONG que pretende erradicar a fome do mundo, provavelmente pensarás “que boa pessoa!”, no entanto ele (e nós também) pode dar sempre um salto de qualidade, tornando-se um altruísta eficaz, descobrindo qual é a forma mais eficaz de ajudar quem precisa. Isso significa que, além de doarmos o nosso tempo e recursos, devemos também preocupar-nos em fazê-lo da forma mais eficiente possível.
Agora imagina que esse mesmo amigo quer dedicar a sua vida a acabar com a fome no mundo, no entanto, encontra-se perante um dilema:
1. Opta por trabalhar numa ONG num país pobre, dependente do financiamento que a mesma conseguir arranjar.
2. Opta por trabalhar numa grande empresa, ter um bom salário, poupar uma grande percentagem (por exemplo 30%), poupando em coisas que realmente não necessita, e alocando essa mesma parte a uma ONG ou a projetos que reconhece que são realmente eficazes.
É uma decisão difícil, mas provavelmente tu- sim, tu -, que lês este texto, doas uma vez ou mais vezes por ano algum dinheiro a uma ONG. Fica sabendo que o podes fazer de uma forma mais eficaz e informada, em vez de “apenas” doares por impulso.
As duas maiores objeções a esta abordagem são: o desprezo por projetos menos eficazes que, se ficarem sem apoio, poderão conduzir a um aumento de pobreza; e o complexo de “White Savior”, do ser humano ocidental que tem a solução para “tudo”, com pouca ou nenhum conhecimento do terreno, i.e., sem inculturação.
Neste link podes encontrar mais informação, porque ajudar bem nunca fez tantos sentido como hoje!
P.S. – Este texto é escrito para a mulher/homem da sociedade ocidental