Presépio Vivo no nosso Jardim Infantil

No passado dia 6 de Dezembro, as crianças do nosso Jardim Infantil participaram juntamente com os idosos da Aldeia de São José de Alcalar, na ´recriação´ do presépio vivo. Esta é uma das festas mais antigas do nosso Centro Paroquial.

Foi na passada quinta-feira, dia 6 de Dezembro, que as crianças do nosso Jardim Infantil e idosos da ERPI-Aldeia de São José de Alcalar ‘recriaram’ a gloriosa noite de Belém, a noite do nascimento de Jesus Cristo.

Aos vários figurantes – Pastores, Reis Magos, José, Maria, Anjos …- não faltaram o burro para levar a Mãe de Jesus, Maria de Nazaré até Belém, nem os cabritos aos Pastores. E também não faltou o menino Jesus, uma menina da nossa creche.

Durante o ano lectivo realizamos várias festas, mas esta faz sempre as delícias das crianças e dos adultos. Não só por se realizar, na altura do Natal, mas sobretudo pela oportunidade que as crianças têm de contactar com os animais. De facto esta é uma das mais valias que o nosso Jardim Infantil oferece às crianças, que o frequentam, para além do contacto diário com a natureza, longe da agitação da cidade. Com as festas religiosas, temos nós a possibilidade e elas a  de conhecer alguns passos da vida de Jesus, aprendendo – a brincar! – a crescer na fé.

A representação do Presépio Vivo é das festas mais antigas do nosso Jardim Infantil, fazendo parte, como as outras – Anjos da Guarda, Apresentação de Jesus no templo, Ramos/Páscoa – do projecto pedagógico, revelando, desse modo, a nossa identidade, como Instituição Cristã, orientada pelos valores do Evangelho. Apesar de sermos uma Instituição Cristã, acolhemos, desde há 38 anos, crianças de outras religiões. Deste modo, praticamos naturalmente e somos um exemplo de ecumenismo, respeitando as tradições de quem nos procura, e sendo respeitados pelas famílias das nossas crianças, que professam outro credo, pois não só valorizam as festas dos seus filhos, como participam nelas.

Aqui ficam os testemunhos de duas Mães, que participaram na festa: “A representação do presépio vivo é das celebrações de que mais gosto. Mas este ano foi especial, por ser o primeiro ano a que o meu filho assistiu… O Tomé com apenas 19 meses adorou! No dia seguinte, ao levá-lo ao infantário ele queria assistir de novo, chamando os cabritinhos: “mé mé”! Grata por estes momentos!” (Tomé e Mãe:Inês Amores Fülöp).

 

“As pessoas merecem saber as marcas que deixam nos que lhe são próximos; por isso, deixo o meu testemunho, como funcionária e como mãe: Faço parte desta Instituição, há já alguns anos; desde há sete anos, participo activamente dos projectos desta casa, assim como das suas celebrações. Muitas são as celebrações que o Sr. Padre organiza no intuito de evangelizar e alegrar corações; para mim, não há festa como esta. Gosto muito do Natal, celebrado em minha casa com muito fervor. Talvez por isso fique sempre comovida ao assistir à representação do presépio, em que sempre participei, ajudando a preparar os idosos, que nela tomam parte, com as crianças.

Este ano senti muito mais emoção, porque o meu filho Rodrigo estava lá. Se eu, adulta e uma simples funcionária, ficava comovida com os filhos dos outros a fazerem algo tão marcante, como seria se estivesse lá um filho meu?  Não tenho palavras, para expressar o que senti: ver o Rodrigo, que não pára quieto (pensava eu!), de olhos fixos nos meninos e nos animais, a bater palmas, durante os cânticos, que o Sr. Padre cantava… Que maravilha!… Após o anúncio dos Anjos aos Pastores, rumou com os outros e com a mãe, ao lugar do presépio; mexeu no burro e nos cabritos, cantou, dançou e observou Jesus, deitado nas palhinhas.

Que experiência tão rica para uma criança! Filmei, fotografei e enviei aos tios e aos avós que, como eu, ficaram espantados ao verem o Rodrigo tão sossegado a assistir a tal acontecimento.

Sem dúvida, uma riqueza para as crianças e suas famílias! Pergunto-me se, em outros Infantários, as crianças terão festas destas, a que os pais (não fui a única) podem assistir embevecidos, ao verem os filhos felizes a adorar Jesus. Oxalá estas Representações nunca venham a acabar! Deus queira que quem vier depois de si, continue a organizar estas festas, com o seu entusiasmo.

O Rodrigo fala ainda pouco para os dois anos que tem; mas, naquela noite quando o fui deitar, começou a tagarelar: “Nata, nata”,  Qual não foi o meu espanto quando o vi apontar para o céu a rir e a cantar: “Nata, Us, Us!” Foi quando percebi que estava a cantar e a celebrar o Natal de JesUS” (Ana Dias: Fisioterapeuta da Aldeia de S. José).