História

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Quem são os Beatos Mártires do Japão?

Sob esta designação de “Beatos Mártires do Japão” estão englobados 205 mártires, que deram a vida
pela fé, entre 1617 e 1632, na terrível perseguição movida por Hidetada e Iemitsu, em Nagasáki e Tóquio, que durou 15 anos. Foram beatificados por Pio IX, a 7 de Julho de 1867.

Ao todo, são 166 cristãos leigos (quase todos japoneses) e 39 sacerdotes. De entre os sacerdotes, treze são jesuítas, doze são dominicanos, oito franciscanos, cinco agostinhos e um sacerdote diocesano japonês.

Os cinco mártires portugueses

Dos treze jesuítas, cinco eram portugueses. São conhecidos os seus nomes, a quem a Santa Sé concedeu celebração própria como Memória Facultativa (MF), para a Companhia de Jesus, nos seguintes dias:

1.- João Baptista Machado, sacerdote, de Angra do Heroísmo, degolado em Omura, a 22 de Maio de 1617 (festa a 22 de Maio: Solenidade na Diocese de Angra e MF na Companhia de Jesus).
2.- Ambrósio Fernandes, irmão jesuíta, de Xisto ou Sisto, Porto, morto devido a maus tratos na cadeia de Omura a 7 de Janeiro de 1620 (festa a 8 de Junho).
3.- Francisco Pacheco, sacerdote, de Ponte do Lima, queimado vivo em Nagasáki, a 20 de Junho de 1626 (festa a 20 de Junho: Memória na Diocese de Viana e MF na Companhia de Jesus).
4.- Diogo de Carvalho, sacerdote, de Coimbra, morto num tanque gelado em Xendai, a 22 de Fevereiro de 1624 (festa a 7 de Julho).
5.- Miguel de Carvalho, sacerdote, de Braga, queimado vivo em Omura, a 25 de Agosto de 1624 (festa a 25 de Agosto: MF na Arquidiocese de Braga e na Companhia de Jesus).

Mais dois mártires portugueses

A estes beatos, acrescentem-se o agostinho português Beato Vicente Carvalho ou Vicente de Santo António, natural de Albufeira, Algarve (queimado vivo em Nagasáki, a 3 de Setembro de 1623) e o Beato Domingos Jorge, cristão leigo, natural de Vermoim da Maia (Porto), queimado vivo em Nagasáki, a 18 de Novembro de 1619. Domingos Jorge era casado com uma japonesa, baptizada com o nome de Isabel Fernandes, e tinham um filho, Inácio. A mulher e o filho, com apenas quatro anos, foram mortos por decapitação, três anos depois, a 10 de Novembro 1622.